domingo, 20 de junho de 2010

o futuro do cristianismo

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A Verdade não muda, resiste e continua pelos séculos. Mas parece ser que o futuro do cristianismo como grande religião passa cada vez mais por converter os asiáticos, que são os Bárbaros do século XXI, e que dominarão esta civilização decadente e sem valores, comparável à Grécia e à Roma dos piores tempos. Ou nos tornamos verdadeiramente conscientes da guerra cultural em que vivemos e travamos esta espiral de perda de valores e de relativismo moral... ou o melhor é começarmos a estudar as culturas chinesa, hindu e árabe. Os maiores inimigos da civilização ocidental não estão fora, mas dentro e muito activos - em várias frentes, uma das quais a legislativa.
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2 comentários:

O Troikado disse...

E será que os Asiáticos desejam ser convertidos?
Recordemos, que desde o Século XVI, que os cristãos fazem obras de missionação no Extremo Oriente e quais os resultados até agora?
No Japão existem apenas entre 1 a 3 Milhões de Cristãos (isto já contados com todas as confissões)
Na China, são apenas 40 Milhões de crentes.
Tudo isto, segundo dados da Wikipédia.
A realidade, é que a Filosofia e a religiosidade deles são bastante diferentes do mundo ocidental.
Foram educados de forma diferente, com uma concepção do mundo diferente e, como tal, existe uma certa dificuldade em entender os conceitos ocidentais.
Tomemos como exemplo o Japão (país que eu tou a estudar a sua língua e cultura com uma docente japonesa) o Xintoísmo, principal religião no Japão, é animista e politeista. Como converter alguém com uma crença que já vem da infância a algo radicalmente diferente?
A ideia que dizes no post é boa, mas parece-me um pouco inviável dada a natureza desses povos.

António Vieira da Cruz disse...

Caro Manuel,

Cada pessoa decidirá se o Cristo que conhece lhe atrai e faz sentido para as sua vida ou não. Mas para isso, é preciso dar Cristo a conhecer, e há muitos que não o conhecem.

Tem havido muitas conversões na China, país onde os cristãos continuam a ser perseguidos até à prisão, e muitas vezes até à morte. É uma religião clandestina, e por isso qualquer número deixa dúvidas. De qualquer modo, os 40 milhões que dizes já começam a ser qualquer coisinha... principalmente para uma Igreja que começou com 12 pessoas, qualquer que seja o número, é sempre animador.

Convém separarmos Filosofia de Religião. A filosofia chinesa, por exemplo, chega a conclusões muito parecidas em relação ao sentido da vida, embora por caminhos muito diferentes dos nossos. Há portanto pontos de contacto a explorar. Quanto ao Japão, não conheço tão bem sua a realidade, mas São Francisco Xavier e outros que lá chegaram depois tiveram muito sucesso na sua passagem. Eram grandes comunicadores, porque sabiam pôr-se na pele daqueles que os escutavam. E quanto às religiões, depende do que estamos a falar. O budismo, por exemplo, não dá por si só grandes resposta às inquietações humanas. É não tanto uma religião, mas uma maneira de estar na vida.

É de notar também o grande fascínio que há entre os orientais e os ocidentais, nos dois sentidos. É um fascínio que pode significar abertura e condições para o diálogo. E talvez quem procure respostas, as encontre em Cristo.

Finalmente, acho que as condições existem neste momento especial, nesta conjuntura. Mas tratando-se isto que falamos de uma questão de Fé, as condições existirão sempre, porque ela move montanhas. E para quem acredita, a Verdade ilumina.

Obrigado pelo teu comentário. Um abraço