quinta-feira, 19 de março de 2009

vítimas da heterofobia alheia

-
Mais um debate desiquilibrado, faccioso e mal dirigido, desta vez por Fernanda Freitas no seu programa da RTP2, Sociedade Civil. Que desilusão, tinha a Fernanda Freitas em muito melhor conta jornalística. Era novamente sobre o casamento para aqueles duetos de homossexuais que reclamam para si o nome de "casal" sabendo que biologicamente não podem "acasalar", mas que mesmo assim querem "casar", adoptar crianças e até tê-las, por meio de inseminação e outros inéticos artifícios. O sim heterofóbico apresentou-se com os mesmos intervenientes, sempre de homofómetro em punho, prestes a apitar a quem deles discorda. Os media estão realmente a fazer um grande trabalho de casa, mais uns meses assim e alguma carneira sociedade portuguesa estará no ponto exacto que os lobos lobbies pretendem para fazer passar a lei sem muitas dificuldades. Mas, e enquanto protejemos a família, quem nos proteje da heterofobia dos outros?
-

10 comentários:

MRB disse...

Pensando onde estudou a Isabel Moreira e onde ensina o Miguel Vale de Almeida, eu até me assustaria, se não tivesse em conta que a Isabel Moreira nada reflecte da educação que recebeu na escola, e que Antropologia é outro departamento... (se bem que...). E o blog da sociedade civil escrever calinadades destas ("A discussão não é novidade, novas são as posições da Igreja em Portugal que nunca foram tão sonantes como nos últimos tempos.") diz muito... é isso, dantes a Igreja até abençoava as unioes homossexuais, mas agora pronto, deu-lhe para isto... que disparate! A posição da Igreja aqui é a mesma de sempre...!
Enfim...

António Vieira da Cruz disse...

É Rosário, e tenho notado outra coisa que se tem experimentado nos debates, e que é marginalizar os católicos em relação à questão por terem religião. Justificam-se dizendo que esta questão não é de fé, que o Estado deve estar separado da Igreja, e que o casamento católico nada sofre com o "sim" ganhante.

Confundem laicidade com laicismo. O Estado deve ser laico, e não laicista. Querem afastar do Direito qualquer tipo de influência religiosa, e esquecem-se de pelo menos duas coisas:

1. Que a cultura nasce da religião, e negar a religião é negar uma parte muito importante e considerável da cultura;

2. Que o Direito é moral, legisla não o que "é", mas o que "deve ser". Senão deixávamos de criminalizar ladrões só porque existem, etc.

É legítimo eu pedir ao Estado que seja moral a partir de alguns padrões culturais que vêm de uma mundivisão cristã? Claro que sim, negá-lo seria discriminar todos os cristãos portugueses.

Seria e é o que está a acontecer.

Bjs

MRB disse...

Concordo... e dúvido que se fossem outras religiões (um muçulmano ou hindu, por exemplo) a conversa fosse a mesma. Talvez porque sabem que são diferentes (da nossa cultura predominante), ... mas a Igreja Católica, como lá no fundo reconhecem que é a nossa - a com mais expressão em Portugal - parece que insistem em lhe bater, para se livrarem dela. E a própósito disto tudo... há pouco fui ter com a minha mãe à sala, ver tv. às vezes passo assim esta hora da noite, tendo como lamentavel consequencia ir apanhando a historia de uma novela da tvi. às vezes vejo, mas hoje foi a gota d'água para deixar de ver aquela porcaria: "ai mãe, às vezes a mãe parece a igreja católica, com ideias tão por fora da realidade"- diz o filho open-minded para a mãe caricatamente conservadora. E depois é claro que na novela a grande vítima é um homossexual, que tanto sofre porque não se pode casar, nem adoptar o filho do falecido namorado (...!). E depois mostram tambem casais a separarem-se aos 80 anos... Mas não, com certeza que não estarão a querer influenciar a opinião pública através de todos os meios possíveis. (Este comentário se calhar está um bocado agressivo, mas o raio da novela irritou-me)
bIHS:)

M. disse...

Querido, este assunto deixa-te mesmo irritado, tou a ver...
Queria convidar-te para o meu casamento com a Ivanilza mas ja vi q nao vais querer estar presente! ;)
Beijinhos, take care

António Vieira da Cruz disse...

Rosário, tens de voltar aos Morangos com Açúcar. Ah não, espera, parece que lá afinal também há uma miúda 'bué de fixe' que tens gostos alternativos. Esquece. Cassetes e DVD's é a solução para não ter de engolir esta papa de couves já mastigadas que a TV nos quer impingir pela goela abaixo...

António Vieira da Cruz disse...

Mary, a injustiça deixa-me triste, e sinto que nesta conspiração devo pôr a descoberto certas maquinações obscuras que nada se ensaiam em destruir os últimos pilares de virtude que ainda seguram esta sociedade.

Um grande beijnho para ti e um vigoroso passou-bem ao Ivanilzo!

M. disse...

AHHAHA
Naooo.. Ivanilza, no feminino!
;)

António Vieira da Cruz disse...

No "feminino"? Mas isso é masculino! eh eh

Anónimo disse...

Ambos conhecemos o único partido político que tem uma posição vincada em relação ao loby gay. Curioso, que me parece ser a mesma que a tua.

Anónimo disse...

Ivanilza-mos, no masculino.