segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

wáng, ou o rei chinês

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Wáng, que significa "Rei" em mandarim, é aquele que tem a competência de ligar o céu e a terra, entre os quais vive o homem. O caracter wáng exprime essa ideia: o traço horizontal superior, representa o Céu; o traço inferior, a Terra; a meio, o Homem; e o traço vertical, o Rei. Tudo o que está abaixo do céu é da responsabilidade do rei.
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Embora a argumentação seja chinesa, não vejo grandes diferenças em relação à ideia de monarquia ocidental ainda hoje dominante. O Rei continua a ser encarado como o patriarca do povo, e seu legítimo mediador para o Céu, ou para o desvendar do destino comum. Tal visão continua maioritária entre monárquicos, por maior que seja o grau de liberdade dos povos.
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Quem interpreta melhor os sinais do Céu e as necessidades da Terra? O Rei/Presidente da República? O Povo? Um grupo de aristocratas (senadores/nobres)? A pergunta é antiga, e as respostas dadas inúmeras. Inclino-me para um regime conciliador, que aproveite e conjugue o melhor de três regimes: a realeza, a aristocracia e a democracia. O "como" de tudo isto, fica para se pensar noutro postal.
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2 comentários:

Anónimo disse...

Estou com grande curiosidade para ver o resultado!!

António Vieira da Cruz disse...

Grande Joaquim, vou tentar corresponder às tuas expectativas. Obrigado por cá vires. Um abraço